História do parto - Parte 2

Pra quem perdeu a 1ª parte, clique aqui!

Chegamos no hospital e pelas 16h a médica constatou que realmente eu estava com a bolsa rota, fez um exame de toque e: 4cm de dilatação. Como eu não tinha dor e tinha aumentado somente 1cm da noite anterior ela falou que se eu quisesse poderia voltar pra casa e esperar as contrações começarem, ou ficar no hospital, mas poderia demorar bastante ainda. Decidimos voltar pra casa pro Frank poder terminar o seu artigo e pra eu poder arrumar o cabelo! Heheheh

E foi o que fizemos. E as dores? Nada de começarem. Fizemos todos exercícios que tinhamos aprendido no Pilates, vários agachamentos e... continuava sem contrações efetivas. Nesse ponto (lá pelas 10h da noite) eu já estava bem nervosa, imaginando quanto tempo mais teria que esperar, se não seria interessante tentar induzir (Graças a Deus que eu não fiz isso! Pois me contaram que a dor é terrível), se deveria ou não ir pro hospital de uma vez. Nessas horas passam mil coisas na cabeça da gente! Bom, depois de um vai e vem, o Frank e minha mãe me convenceram a deitar pra poder descansar um pouco e combinamos que se não acontecesse nada, iríamos pro hospital as 6h da manhã. (Uma das minhas preocupações era que não passasse 24h desde o momento que a bolsa tinha rompido, que tinha sido na manha de sexta)

As 23:45 o Frank e eu fomos finalmente deitar. Ele pegou no sono bem rápido e eu demorei pra me acomodar pois sempre que deitava doía as costas. Virei para um lado, virei para outro lado, dor nas costas. Olhei a hora 23:50. Daqui a pouco, outra dor nas costas. Olhei a hora 23:56. Pensei comigo mesma: será?? Resolvi levantar, o Frank perguntou se eu estava bem, disse que sim, que ele podia ficar tranquilo (mas nem falei nada das dores porque queria ter certeza). Daí fui pra sala (a mãe ainda estava acordada) e começamos a controlar as contrações. Estavam de 5 em 5 minutos! Mas nesse ponto eu ainda estava bem. Sorrindo, conversando com a mãe. Depois de uma hora as dores começaram a intensificar e entrei no quarto, acordei o Frank:

- Amor, tá na hora de irmos pro hospital! A Melissa está chegando! (Quanta emoção dizer isso!!)

 E lá fomos nós pro hospital mais uma vez....

Calma gente, dessa vez não vou deixar vocês na expectativa! Vou contar até o fim! hehehehe

No caminho do hospital tive mais algumas contrações bem doloridas. Eu me curvava toda na hora da contração, porque sentada no carro era uma posição muuuito desconfortável. Chegamos lá, depois de um tempinho a enfermeira-chefe veio me examinar e estava com 6cm de dilatação. Depois de mais algum tempo monitorando os batimentos da Melissa ela chamou a médica. (Depois que eu fui descobrir que os batimentos estavam um pouco abaixo do que deveria, em torno de 100 bpm e ela ficou preocupada)

Quando a doutora chegou eu falei pra ela: 'o que eu mais quero agora é ver o anestesista na minha frente!!'  ela ainda brincou: 'Poxa, eu achei que você ia ficar feliz de me ver!'

Hehehe Desculpe aí doutora, foi mal! Bom, nessa hora eu começo a perder a noção exata do tempo porque tudo começa a ficar meio surreal.

Só sei que quando a Dra me examinou eu estava com muuuuuita dor e com quase 8cm de dilatação e ela disse que a alteração nos batimentos era porque eu já estava entrando no período expulsivo. Mandou chamar o anestesista e preparar a sala de parto! Glória a Deus!!!!! Era tudo que eu queria ouvir!!!

E lá fomos nós. O Frank entrou logo depois que eles tinham me anestesiado. Infelizmente o hospital que atende convênios aqui na minha cidade tem uma taxa de cesáreas de 95%... Ou seja, os profissionais parecem despreparados pra atender parto normal, é quase um evento do século! E eu creio que aí começou o primeiro problema... a anestesista me deu uma dose tão alta que eu parei de sentir totalmente os movimentos da cintura para baixo. E comecei a fazer força seguindo os comandos da médica. Fiz muitas forças... Não sei por quanto tempo. Só sei que eu já estava bem exausta. E a Melissa não descia! Fazia força e ela não descia. Aí a médica resolveu tentar ajudar com o fórceps (Ai, tinha pavor desse negócio! Mas como estava anestesiada não senti o corte e não senti o fórceps) mas quando ela colocou, viu que estava muito apertado e nem tentou puxar. Tinha alguma coisa errada que ela não estava descendo pro canal de parto.

Nessa hora a Dra tomou a decisão de fazermos uma cesárea. Na hora fiquei tão decepcionada!! Pois já tinha chegado até ali, pra ter que fazer uma cirurgia. Depois ela constatou que o cordão umbilical era curto e a Melissa estava com o rosto um pouco virado, estava encaixada com a cabeça de lado, o que faz o diâmetro ficar maior, provavelmente foi por isso que ela trancou na minha bacia.

Mas continuando a historia, ao mesmo tempo que fiquei frustrada, fiquei muito aliviada de saber que tudo estava chegando ao fim, e logo eu teria minha princesinha nos meus braços! Na hora da cirurgia eu estava tão exausta que não consegui prestar atenção no que estava acontecendo. Só orava pra que a Melissa nascesse bem! Eu já estava anestesiada há algum tempo, então eles apenas aumentaram a dose para a cesárea.  O Frank estava tão nervoso com todas essas emoções que passamos que nem lembrou de tirar foto da hora que eles tiraram a Melissa de dentro de mim! Eu só lembro de escutar os gemidinhos da Melissa e perguntar porque ela não estava chorando forte! Daí a enfermeira me acalmou e disse que estava tudo bem com o bebê. E foi assim que, as 6:30 da manhã do dia 09 de julho de 2011 a Melissa chegou a nós! O Apgar dela foi 6/7.

Assim que o pediatra fez o primeiro atendimento, ele trouxe a Melissa pra junto de mim e ali, naquele momento mágico e inesquecível nos conhecemos pela primeira vez!

Vou deixar as fotos falarem por si só!

Oi Filha!! Seja bem vinda!

Nós duas cansadas mas muito felizes

!

Muita emoção!!!!!

Alívio por ver ela bem!

Graças a Deus a Melissa não teve nenhuma complicação, no dia seguinte à tarde, já tivemos alta do hospital com a única recomendação de dar leite materno à vontade!
E assim, começa a nossa aventura...! Aguardem os próximos capítulos!