História do parto - Parte 1

Aproximadamente 9 horas antes da Melissa nascer!

Então... quase um mês e meio depois vou contar a história do parto da Melissa. 

Bem, pra começar, minha idéia sempre foi tentar um parto normal (não um parto natural, porque sem anestesia já era pedir demais da minha pessoa). Mas minha médica sempre me deixou livre sobre essa questão da anestesia. Então ficamos aguardando as últimas semanas pra ver como meu corpo iria reagir. Daí que com 35 semanas e 2 dias (dia 20 de junho) eu já estava começando a ter dilatação! 1,5 cm pra ser mais exata. Ficamos bem animados. Nós e a médica! No dia 29 de junho (com 36s e 4d) mais um exame de toque: 2 cm. Beleza!

Ficamos na espectativa pra ver o que iria acontecer. Eu confesso que sempre tive a impressão que a Melissa não ia chegar as 40 semanas. Tanto é que começei a correr no final de junho/início de julho pra terminar tudo que faltava pra chegada da Mel. A manta de tricô, o protetor de berço, o enfeite da porta da maternidade... Confesso que fiquei meio enlouquecida, mas parece que eu sabia que ela ia chegar antes da hora!

No sábado (dia 2/7) compramos o carrinho e o bb conforto que faltavam, mas não tinha a pronta entrega. Retiramos na quarta (6/7). Na quinta (7/7) fizemos rancho de manhã, a tarde minha mãe chegou de POA pra me ajudar e tivemos consulta de noite: 3 cm de dilatação! Hein??? Eu li que 3 cm já é trabalho de parto! Mas minha médica continuava bem tranquila porque eu não tinha nenhuma dor. Só contrações mas sem dor (não que eu esteja reclamando!). Saímos da consulta e ainda fomos buscar a banheira que arrumamos emprestada. Chegamos em casa, minha mãe estava tricotando enlouquecidamente (tá, calmamente) as últimas coisinhas que faltavam pra Melissa. Dormimos aquela noite. (Gente, esse é um detalhe importante.... última noite inteira de sono! Opa, estou tirando o suspense da história)

Continuando... Acordei super bem de manhã, mas notei que estava perdendo um pouco de líquido. Mas bem pouquinho, tipo umas gotinhas aqui e ali. Comentei com o Frank e com minha mãe, mas eles não me deram crédito. Ok. Perto do meio dia as gotinhas já estavam precendo mais uma incontinência urinária daí resolvemos ligar pra médica porque podia ser a bolsa que tinha rompido (Eita marinheiros de 1ª viagem! hehehe). Daí ela falou bem calmamente assim: coloca um absorventezinho e vem aqui no hospital pra eu te ver! O que?? Como assim hospital?? Começei a ficar levemente em pânico! Arrumando as malas (já estavam meio prontas, mas sempe tem os detalhes de última hora), tentando pensar o que eu tinha que levar, se ja ia ficar no hospital ou se ia voltar pra casa. Eu correndo pra um lado e minha mãe pro outro. E o Frank? No computador terminando de arrumar um artigo do mestrado que tinha que ser enviado até meia-noite.

Essa parte vale a pena reproduzir o diálogo:

Táta: (correndo de um lado pro outro) Amor, vamos lá, a médica tá me esperando!

Frank: Aham. (continua no computador imóvel) Ela sempre demora pra te atender...

Táta: Pois é, mas ela está me esperando no hospital e não no consutório!

[Plim! Palavra mágica]

Frank: Hospial??? Ela mandou tu ir pro hospital???

Táta: Sim!! Porque tu acha que eu estou desse jeito???

Daí depois disso o Frank se juntou a mim no apavoramento, só que do jeito dele, beeeem mais calmo sereno e tranquilo. Mas tava apavorado internamente, eu sei que tava.

E la fomos nós para o hospital...